DECIDINDO AMAR
É inverno no Estado de Washington, e um vento frio e úmido está
soprando. A fumaça sai da chaminé de uma casa branca de dois andares, que
parece aquecida e aconchegante, no ar gelado da noite. Na realidade, se você
chegasse perto e desse uma espiada pela janela da cozinha, veria uma cena que
lembra uma pintura tradicional.
Dentro estão um pai, uma mãe e cinco filhos, sentados ao redor da mesa
da cozinha, jantando. À Primeira vista, parece ser o retrato de uma família
tipicamente americana. Tal como os estalidos da lareira ao lado, a cena da a
ilusão de um calor emocional. Mas se você ficasse ali um pouco, veria que a
visão pode ser enganosa, pois dentro há um frio emocional que pode penetrar até
os ossos pior que o ar polar assobiando nas árvores.
O sonho americano começa a desaparecer quando o pai estende o braço e
bate no filho mais próximo com as costas da mão. O filho contra-ataca com uma
observação astuta e os dois começam sua competição noturna de gritos. O
restante dos filhos entra com um coro de sarcasmos – alguns raivosos, outros
zombeteiros.
Ou seja, todos, exceto o filho mais novo... O garotinho sentado em
frente ao pai. Ele tem os olhos esbugalhados, seu coraçãozinho martelando,
observando tudo o que se passa ao redor da mesa, indagando-se porque sua mãe
tem um olhar tão triste, e desejando que as coisas fossem diferentes nesta
noite.
Mas neste lar é sempre assim – as
observações astutas, os olhares desafiadores, a raiva solta.Na maioria
dos lares, há um lado suave e um lado áspero da vida. Mas para o garotinho, só
há um lado da vida com o seu pai. O lado frio, áspero, que o faz lembrar seu
pai batendo em um de seus irmãos mais velhos em fúria... Mas nunca dando um
abraço nele ou em sua mãe.
Antes de sair da janela, vemos o pai saltar de sua cadeira e bater com o
guardanapo no próprio prato:
“Eu não consigo ser respeitado aqui!” Grita ele. “Vou sair!”
“Isso, vá em frente! Caia fora” Gritam os filhos em resposta, rindo e
provocando o pai, enquanto este sai da cozinha batendo os pés. Porém, para o
garotinho foi outra noite de conflito e confrontação a mesa do jantar, e outra
camada de memórias dolorosas a cobrir sua alma... Memórias que estão tão vivas
hoje como eram a quase 40 anos...
Gary Smalley, um dos autores de Decidindo Amar, é o menininho da trágica
história acima. Ele conta em seu livro que até aprender um princípio bíblico
fundamental para o casamento (apesar de aconselhar com sucesso casais com
problemas antes disto), seu próprio era como um barco com naufrágio marcado.
Que princípio tão importante é este?
HONRA
Este é o elemento fundamental para um relacionamento saudável e de
sucesso!
Gary descreve o conceito de honra, denominando-a como O Princípio “Ah-h-h-h-h-h”.
Você pode estar pensando... mas e se houver alguém que não mereça minha
honra? Honrá-la não iria apenas piorar as coisas?
Não é isto que a Bíblia ensina. Veja, Jesus foi o primeiro a nos honrar,
conforme Romanos 5.8. A Bíblia diz que Ele nos amou primeiro... não
éramos dignos, mas recebemos a maior
das honras.
“Lembre-se que o Ah-h-h-h-h-h está no olho daquele que o contempla.”
É você quem decide honrar, mesmo que o alvo de sua honra aparentemente
não a mereça.
Evitar a desonra também é uma forma de honrar.
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