quarta-feira, 25 de julho de 2012

O DIREITO DE SER CASADO E FELIZ (PARTE II)


                             DECIDINDO AMAR


É inverno no Estado de Washington, e um vento frio e úmido está soprando. A fumaça sai da chaminé de uma casa branca de dois andares, que parece aquecida e aconche­gante, no ar gelado da noite. Na realidade, se você chegasse perto e desse uma espi­ada pela janela da cozinha, veria uma cena que lembra uma pintura tradicional.
Dentro estão um pai, uma mãe e cinco filhos, sentados ao redor da mesa da cozinha, jantando. À Primeira vista, parece ser o retrato de uma família tipicamente americana. Tal como os estalidos da lareira ao lado, a cena da a ilusão de um calor emocional. Mas se você ficasse ali um pouco, veria que a visão pode ser enganosa, pois dentro há um frio emocional que pode penetrar até os ossos pior que o ar polar assobiando nas árvores.
O sonho americano começa a desaparecer quando o pai estende o braço e bate no filho mais próximo com as costas da mão. O filho contra-ataca com uma observação astuta e os dois começam sua competição noturna de gritos. O restante dos filhos en­tra com um coro de sarcasmos – alguns raivosos, outros zombeteiros.
Ou seja, todos, exceto o filho mais novo... O garotinho sentado em frente ao pai. Ele tem os olhos esbugalhados, seu coraçãozinho martelando, observando tudo o que se passa ao redor da mesa, indagando-se porque sua mãe tem um olhar tão triste, e de­sejando que as coisas fossem diferentes nesta noite.
Mas neste lar é sempre assim – as  observações astutas, os olhares desafiadores, a raiva solta.Na maioria dos lares, há um lado suave e um lado áspero da vida. Mas para o garotinho, só há um lado da vida com o seu pai. O lado frio, áspero, que o faz lem­brar seu pai batendo em um de seus irmãos mais velhos em fúria... Mas nunca dando um abraço nele ou em sua mãe.
Antes de sair da janela, vemos o pai saltar de sua cadeira e bater com o guardanapo no próprio prato:
“Eu não consigo ser respeitado aqui!” Grita ele. “Vou sair!”
“Isso, vá em frente! Caia fora” Gritam os filhos em resposta, rindo e provocando o pai, enquanto este sai da cozinha batendo os pés. Porém, para o garotinho foi outra noite de conflito e confrontação a mesa do jantar, e outra camada de memórias dolorosas a cobrir sua alma... Memórias que estão tão vivas hoje como eram a quase 40 anos...

Gary Smalley, um dos autores de Decidindo Amar, é o menininho da trágica história acima. Ele conta em seu livro que até aprender um princípio bíblico fundamental para o casamento (apesar de aconselhar com sucesso casais com problemas antes disto), seu próprio era como um barco com naufrágio marcado.
Que princípio tão importante é este?
                                          HONRA
Este é o elemento fundamental para um relacionamento saudável e de sucesso!
Gary descreve o conceito de honra, denominando-a como O Princípio “Ah-h-h-h-h-h”.
O que significa isto? É um sus­piro de reverência, misturado com um quê de encanto. Entender que o princípio de honra é totalmente bí­blico é o primeiro passo. Em primeiro lugar se quiser manter um re­lacionamento íntimo com o Senhor, pre­cisa honrá-lo. Veja como Moisés mostra honra em Êxodo 3. Como Pedro de­monstra honra em Marcos 4.39. Quando se pratica isto, aprende-se também a honrar a família. Agora pense em um cãozinho de estimação. Como ele saúda seu dono. Quer você tenha saído de férias durante duas sema­nas, ou durante dez mi­nutos até o mercado mais pró­ximo, ele pro­vavelmente se derreterá todo para mostrar sua felicidade ao vê-lo. Já pensou porque se gosta tanto dos cãezinhos e por que ele é considerado o melhor amigo do homem? Ele pratica o Ah-h-h-h-h-h, o tempo todo!

Você pode estar pensando... mas e se houver alguém que não mereça minha honra? Honrá-la não iria apenas piorar as coisas?
Não é isto que a Bíblia ensina. Veja, Jesus foi o primeiro a nos honrar, conforme Ro­manos 5.8. A Bíblia diz que Ele nos amou primeiro... não éramos  dignos, mas recebe­mos a maior das honras.
“Lembre-se que o Ah-h-h-h-h-h está no olho daquele que o contempla.”
É você quem decide honrar, mesmo que o alvo de sua honra aparentemente não a mereça.
Evitar a desonra também é uma forma de honrar.